sábado, 22 de outubro de 2011

DETRAN

Fraudes no Detran
A partir de informações passadas pela Corregedoria do Departamento Estadual de Trânsito (Detran), a Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro, em conjunto com o órgão, o Ministério Público e a Corregedoria Geral Unificada (CGU), desmantelou uma quadrilha que agia há pelo menos dois anos fraudando os processos de obtenção da Carteira Nacional de Habilitação. A "Operação Contramão II" teve como objetivo cumprir 42 mandados de prisão e 64 de busca e apreensão em todo o estado do Rio de Janeiro.
As investigações começaram em 2009, a partir de irregularidades constatadas pela Corregedoria do Detran, que passou as informações à Delegacia de Defraudações (DDEF), responsável pela coordenação da ação desta sexta-feira (21/10). Segundo informações, os criminosos cobravam de R$ 800 a R$ 4 mil para aprovarem os candidatos no exame de habilitação. Os valores cobrados dependiam do nível de exigência para a obtenção da CNH. Ao candidato totalmente incapaz, era cobrada uma quantia mais elevada, enquanto os que simplesmente queriam conseguir os documentos sem se submeter aos exames obrigatórios, pagavam menos. Em média, 200 pessoas por mês se beneficiavam dos serviços dos fraudadores, o que significava um lucro anual estimado em R$ 10 milhões.
Mais de 300 agentes, da Polícia Civil, do Detran e do Ministério Público, se reuniram na Academia de Polícia Sylvio Terra (Acadepol) no fim da madrugada para receberem os endereços onde iriam cumprir os mandados de prisão e busca e apreensão. A operação abrangeu onze municípios e 37 bairros do estado. Vinte e uma auto-escolas estão envolvidas na fraude. As buscas também aconteceram em algumas dependências do Detran, onde trabalhavam funcionários e prestadores de serviços envolvidos no esquema.
Até o meio-dia, 25 dos 42 mandados de prisão já haviam sido cumpridos, com vasta apreensão de documentos e material para análise posterior, como CPUs, telefones celulares, anotações e cheques, além de R$ 145 mil em espécie.
Os presos responderão pelos crimes de formação de quadrilha, falsificação de documento público, falsidade ideológica, corrupção ativa e passiva e inserção de dados falsos no sistema de informações.
 


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