Glaucoma é a principal causa de cegueira
O conhecido ditado popular que diz “O seguro morreu de velho”, encaixa-se perfeitamente no caso das enfermidades oftalmológicas. Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), são mais de 180 milhões de pessoas no mundo atingidas por esse tipo de patologia. Contudo, muitos desconhecem que a prevenção ainda é a melhor maneira de evitar os males relacionados à saúde dos olhos.
No Brasil, a principal causa da cegueira irreversível é o glaucoma, já que é uma doença assintomática, ou seja, pode não apresentar nenhum sintoma aparente, podendo levar anos até ser diagnosticada, explica a oftalmologista Juliana Mitre, diretora do Hospital de Olhos Batista da Luz e Fellow em Retina da Universidade de São Paulo (USP).
De acordo com a especialista “os principais fatores de risco são as pessoas com histórico familiar – que apresentam 6% de chance de desenvolver a doença, já as pessoas negras e diabéticas são mais propensas a ter glaucoma de ângulo aberto e perdem a visão lentamente, pois os sintomas não se manifestam e não sentem dor na região”.
A pressão aumentada dos olhos é um forte indício para o desenvolvimento, além do glaucoma, de outras doenças oftalmológicas. A médica alerta que após os 40 anos de idade, a visita ao oftalmologista deve ser realizada de seis em seis meses. Entretanto, se o paciente sentir qualquer alteração ou dor nos olhos, deve procurar tratamento profissional imediatamente. Com a longevidade, os casos de problemas oculares também crescem e, segundo a OMS, de 1% a 2% da população mundial apresenta algum tipo de glaucoma.
Segundo a Dra. Juliana, a catarata é uma das principais causas de cegueira na população acima dos 50 anos. No entanto, o quadro é reversível se detectado precocemente e, graças ao avanço tecnológico, o tratamento é realizado por meio de microcirurgia e acompanhamento profissional.
Na infância, os cuidados devem iniciar desde o nascimento da criança. “É obrigatório que o recém-nascido faça o teste do reflexo vermelho. Nele, pode-se detectar a presença de alguma alteração que possa provocar problemas futuros, como o deslocamento da retina. É importante que a criança visite o oftalmologista na mesma periodicidade que os adultos, de seis em seis meses”, ressalta a especialista.
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