Medindo o Tempo
“O tempo perguntou pro tempo, quanto tempo o tempo tem. O tempo respondeu pro tempo, que o tempo tem tanto tempo, quanto tempo o tempo tem!”
Ouvir crianças das classes de educação infantil e ensino fundamental I brincando com essas palavras é uma boa oportunidade para se trabalhar com um projeto, visando o aprendizado da contagem do tempo.
O professor pode indagar o grupo de como podemos contar o tempo, as crianças irão refletir e explicar o óbvio: através do relógio.
Porém, através desse diálogo, o professor dará sugestões de outras formas de se contar o tempo, lembrando como era o processo antes da invenção do relógio.
Aos poucos o grupo dará início a reflexões, juntamente com a intenção do docente, de outras formas de se perceber o tempo, de como as coisas eram no passado e são hoje em dia.
Roupas, telas de pintura, fotografias dentre outros, deverão ser lembrados, a fim de estimular a percepção dos alunos de que o tempo varia, que cada época apresenta suas características próprias e que as mesmas ficam registradas de uma forma ou de outra.
Durante as conversas em sala, pode-se levantar questões de como o tempo muda, como era o mesmo na época de seus bisavós, avós, de seus pais e hoje, no seu próprio tempo, associando-o como uma construção social que pode ser transmitida de geração a geração.
Propor para a turma que sejam feitas pesquisas sobre diferentes formas de se contar o tempo será uma oportunidade para ampliar os conhecimentos dos mesmos, além de trocar informações acerca das pesquisas feitas.
As pesquisas deverão ser utlizadas para a montagem de cartazes, que ficarão afixados na sala de aula, no pátio da escola, a fim de compartilhar as aprendizagens envolvidas com toda a comunidade escolar.
A variedade das descobertas é tão grande que dentre os tipos de relógio podem ser destacados: relógio de pêndulo, relógio Cuco, relógio de torre, relógio com números romanos, relógio d’água, relógio solar, ampulheta, relógio de bolso, relógio de parede, relógio de pulso, relógio analógico, relógio digital, relógio despertador, relógio de rua, dentre outros.
Os astros Sol e Lua devem ser apresentados como um dos primeiros medidores do tempo, quando possibilitam a chegada do amanhecer e do anoitecer.
Fazer apreciação de fotos, deduzindo as idades das pessoas é outra forma de criar noção de tempo.
Uma pessoa de referência, um artista mais velho, por exemplo, pode servir de análise. O professor diz a idade da pessoa na primeira foto apresentada e vai mostrando as etapas seguintes, de envelhecimento, questionando a idade que o mesmo apresenta ali.
Da mesma forma, podem ser analisados objetos, dos mais antigos para os mais novos, como um disco de vinil, uma máquina de escrever, os primeiros celulares, etc. A análise deve ser feita observando-se as mudanças físicas, a aparência, o que é novo, o que é velho, o que foi ontem, o que é hoje e como será no amanhã.
Para oportunizar o aprendizado das diferentes unidades de tempo, horas (minutos e segundos não devem ser trabalhados, pois são partículas muito pequenas), dias, meses e anos, devem comparar relógios e calendários, percebendo que no relógio são marcadas as horas enquanto que nos calendários os dias e meses.
Nesse momento será importante a construção de um gráfico, representando que um dia é dividido em 24 horas. Além disso, trabalhar a variação da quantidade de dias de cada mês, estando entre 28 e 31 dias.
Ao fim do projeto, pode-se montar uma oficina de construção de brinquedos, desde os mais antigos até os mais atuais, como a construção de ampulhetas com garrafas PET, petecas, ioiôs, e outros.
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