terça-feira, 6 de março de 2012

Brasil e Japão e a Exploração Espacial


Brasil e Japão e a Exploração Espacial
A ampliação da cooperação entre Brasil e Japão na área espacial foi tema de reunião no Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) na terça-feira. O encontro reuniu o ministro da pasta, Marco Antonio Raupp, o diretor da Japan Aeroespace Exploration Agency (Jaxa), Hideshi Kozawa, e o diretor de política espacial da Agência Espacial Brasileira (AEB), Himilcon de Castro Carvalho.
Os participantes manifestaram o desejo de parcerias tanto entre os governos como entre empresas das duas nações. Raupp propôs que o ponto de partida seja o Programa Internacional de Medidas de Precipitação (Global Precipitation Measurement - GPM), desenvolvido pela agência espacial japonesa e pela Nasa, a agência espacial americana. A iniciativa busca monitorar globalmente, por meio de satélites, as precipitações na atmosfera, em alta resolução temporal.
O Brasil já participa do programa com campanhas científicas, desenvolvimento de algoritmos e desenvolvimento de um satélite da constelação. Raupp destacou que o País está consolidando o Sistema Nacional de Monitoramento e Alerta de Desastres Naturais e um acordo nesse âmbito poderia ter um impacto muito positivo. A ideia é começar com algo bem concreto, e depois estimular a ampliação dos trabalhos conjuntos.
Na ocasião, o ministro lembrou as cinco décadas de existência do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) e a cooperação brasileira com a China. Já Hideshi Kozawa convidou os brasileiros a continuar as tratativas de uma viagem a Tóquio em março. O ministro brasileiro concordou com o envio de uma delegação.
Seminários
Nestas quarta e quinta-feira, representantes governamentais e industriais dos dois países se reúnem em seminários na AEB (Brasília) e no INPE (São José dos Campos-SP) para apresentar as respectivas ações em andamento, tecnologias e interesses. Entre os temas programados estão o Programa Espacial do Japão e o uso de satélites na proteção do meio ambiente e na redução do impacto dos desastres naturais; a cooperação internacional do Japão e as aplicações industriais dos conhecimentos e tecnologias espaciais; e as possibilidades de cooperação espacial Brasil-Japão com parcerias entre os setores público e privado.

 

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