sábado, 1 de outubro de 2011

MULTINACIONAIS VÃO TROCAR FORNECEDORES QUE POLUEM

Recentemente, o Greenpeace divulgou um relatório no qual acusa multinacionais como Adidas, Nike, Puma, Calvin Klein e Lacoste de utilizarem fornecedores chineses que poluem os rios com produtos químicos banidos na Europa e em outros lugares por serem tóxicos. Apesar das empresas se defenderem ou anunciarem que não trabalhariam mais com esses fornecedores, o estrago para a imagem das companhias foi grande. Este é um dos novos cenários do mundo global dos negócios, onde a preocupação ambiental e climática vai além das ações diretas das empresas, buscando fiscalizar toda a cadeia de produção, incluindo fornecedores.
Assim, não surpreende os números apresentados por uma pesquisa com 100 multinacionais feita pelo Carbon Trust Advisory, que apontou que 40% delas pensa em substituir fornecedores antigos por empresas que apresentem uma melhor pegada de carbono. Assim, pelo menos 29% dos atuais fornecedores correm o risco de perder espaço se não realizarem ações de mitigação em breve.
Além disso, metade das corporações estão levando em conta o nível de emissão das possíveis parceiras antes de fechar um negócio e quase 58% delas devem pagar bônus para os fornecedores que sugerirem alterações na cadeia de produção que reduzam a pegada de carbono.
“As recompensas para as empresas que cortarem emissões nas suas cadeias de produção são várias, como redução de riscos, custos e aumento em eficiência e ganhos. Mas não é uma tarefa fácil e demanda comprometimento. Das companhias que já estão fazendo isso, apenas 43% possuem uma estratégia definida e 60% apresentam metas. Esses dois passos são cruciais para organizações planejarem e capitalizarem as oportunidades de crescimento verde nos próximos 12 meses”, afirmou Hugh Jones, diretor do Carbon Trust Advisory.

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