Abrigo precisa de doações para
manter crianças abandonadas
Raphael Bittencourt
Fotos: Marco Antonio Oliveira
Esperança. Esta é a palavra que dá sentido à vida de 13 meninas que vivem na Casa da Esperança. Um abrigo localizado na Estrada Miguel Couto, 218, bairro Shangrilá, no município de Belford Roxo. Este é apenas um entre os nove abrigos e projetos da Associação Vida no Crescimento e naSolidariedade.
A Avicres é uma organização não governamental fundada em 1991 e que tem como missão “Acolher, proteger e assistir crianças, adolescentes, famílias, adultos e idosos excluídos e menos favorecidos da região da Baixada Fluminense acompanhando e estimulando o crescimento humano: físico, mental, espiritual e social”.
Somente na Casa da Esperança, 14 funcionários se desdobram para cuidar de 13 meninas entre 0 e 14 anos, além de outras 20 crianças entre cinco e 12 anos que fazem parte do Projeto Transformando a Vida. Este segundo grupo é recebido diariamente no abrigo entre às 12h e 16h.
“Os pais que não têm com quem deixar seus filhos para ir trabalhar os trazem para cá. Estas crianças vêm principalmente para se alimentar, pois muitas delas nem têm o que comer em suas casas. Elas se juntam às meninas do abrigo e participam das aulas de educação física, de informática e ainda contam com um reforço escolar”, explicou a assistente social da Casa da Esperança, Gláucia Marinho.
Gláucia conta que ela e todos os outros funcionários da casa exercem várias funções e acabam assumindo o lado materno. Segundo a assistente social, o amor, o carinho e o afeto trocado através do convívio diário com as crianças faz com que o abrigo se torne um lar de esperança e conforto para todos. No entanto, o tempo de estada de muitas jovens é curto.
Maior necessidade é de alimentos
“A nova lei impede uma educação contínua, pois a criança fica em abrigo por, no máximo, três meses. Depois disso, ela volta para a família de origem ou é encaminhada para a adoção. Quando elas retornam ao antigo lar, geralmente o problema se repete, pois a maioria das crianças são vítimas de exploração sexual e de trabalho infantil”, lamentou Johannes Niggemeier, teólogo alemão que vive no Brasil há 26 anos e fundador da Acrives.
Todos os projetos desenvolvidos pela ONG são mantidos com a ajuda da população. Porém, de acordo com Johannes, chamado de João pelas meninas da Casa da Esperança, a maior parte dos gastos de manutenção dos projetos vem de antigos amigos da Alemanha. Ele lamenta a dependência internacional e pede a solidariedade dos brasileiros. Já Gláucia faz um apelo aos empresários.
“Os menos favorecidos são os que mais doam. Eles nos dão o pouco que possuem em prol destas crianças. Mas precisamos de mais. Precisamos da colaboração de empresas e mercados para que possamos dar uma melhor condição de vida para estas meninas que vivem aqui”, disse a assistente social que faz um pedido.
“O que mais nos faz falta são os alimentos, pois além das 13 meninas, ainda recebemos diariamente outras 20 crianças que vêm justamente para fazerem as refeições. As despesas com comida são muito grandes”.
Berçário é uma
das metas da
Casa Esperança
Até mesmo para transportar as crianças é preciso a ajuda de terceiros. Recentemente, o proprietário do Paradiso Clube ofereceu o espaço para que as crianças possam ter um dia de diversão e alegria. No entanto, a Casa da Esperança ainda não conseguiu alguém que possa custear um ônibus ou van para transportá-las até o clube.
A coordenadora do abrigo, Eliane Sônia Gonçalves Pereira, diz que a casa carece de muitas melhorias e pede a colaboração de qualquer pessoa disposta a levar um pouco mais de esperança às crianças.
“Precisamos, com urgência, da doação de fraudas, berços e todo material necessário para que possamos montar um berçário. Também precisamos de leite e alimentos como carne e também biscoitos e achocolatados, pois trabalhamos com crianças e elas gostam dessas coisas. Falta também cama, colchão, armários e ventiladores”, pediu a coordenadora.
A Casa da Esperança também carece de uma boa reforma. Os funcionários pedem não só a doação de tinta e verniz para a pintura do abrigo, mas também conta com a colaboração de voluntários que queiram ajudar a colorir os sonhos das crianças.
A Casa da Esperança fica na Estrada Miguel Couto, 218, bairro Shangrilá, Belford Roxo. Os telefones para contato são 3771-6740 e 7871-6891. O Natal se aproxima e os funcionários pedem a colaboração de todos para que as meninas do abrigo possam ter um fim de ano um pouco mais colorido e feliz para que 2012 comece com uma nova esperanç
manter crianças abandonadas
Raphael Bittencourt
Fotos: Marco Antonio Oliveira
Esperança. Esta é a palavra que dá sentido à vida de 13 meninas que vivem na Casa da Esperança. Um abrigo localizado na Estrada Miguel Couto, 218, bairro Shangrilá, no município de Belford Roxo. Este é apenas um entre os nove abrigos e projetos da Associação Vida no Crescimento e naSolidariedade.
A Avicres é uma organização não governamental fundada em 1991 e que tem como missão “Acolher, proteger e assistir crianças, adolescentes, famílias, adultos e idosos excluídos e menos favorecidos da região da Baixada Fluminense acompanhando e estimulando o crescimento humano: físico, mental, espiritual e social”.
Somente na Casa da Esperança, 14 funcionários se desdobram para cuidar de 13 meninas entre 0 e 14 anos, além de outras 20 crianças entre cinco e 12 anos que fazem parte do Projeto Transformando a Vida. Este segundo grupo é recebido diariamente no abrigo entre às 12h e 16h.
“Os pais que não têm com quem deixar seus filhos para ir trabalhar os trazem para cá. Estas crianças vêm principalmente para se alimentar, pois muitas delas nem têm o que comer em suas casas. Elas se juntam às meninas do abrigo e participam das aulas de educação física, de informática e ainda contam com um reforço escolar”, explicou a assistente social da Casa da Esperança, Gláucia Marinho.
Gláucia conta que ela e todos os outros funcionários da casa exercem várias funções e acabam assumindo o lado materno. Segundo a assistente social, o amor, o carinho e o afeto trocado através do convívio diário com as crianças faz com que o abrigo se torne um lar de esperança e conforto para todos. No entanto, o tempo de estada de muitas jovens é curto.
Maior necessidade é de alimentos
“A nova lei impede uma educação contínua, pois a criança fica em abrigo por, no máximo, três meses. Depois disso, ela volta para a família de origem ou é encaminhada para a adoção. Quando elas retornam ao antigo lar, geralmente o problema se repete, pois a maioria das crianças são vítimas de exploração sexual e de trabalho infantil”, lamentou Johannes Niggemeier, teólogo alemão que vive no Brasil há 26 anos e fundador da Acrives.
Todos os projetos desenvolvidos pela ONG são mantidos com a ajuda da população. Porém, de acordo com Johannes, chamado de João pelas meninas da Casa da Esperança, a maior parte dos gastos de manutenção dos projetos vem de antigos amigos da Alemanha. Ele lamenta a dependência internacional e pede a solidariedade dos brasileiros. Já Gláucia faz um apelo aos empresários.
“Os menos favorecidos são os que mais doam. Eles nos dão o pouco que possuem em prol destas crianças. Mas precisamos de mais. Precisamos da colaboração de empresas e mercados para que possamos dar uma melhor condição de vida para estas meninas que vivem aqui”, disse a assistente social que faz um pedido.
“O que mais nos faz falta são os alimentos, pois além das 13 meninas, ainda recebemos diariamente outras 20 crianças que vêm justamente para fazerem as refeições. As despesas com comida são muito grandes”.
Berçário é uma
das metas da
Casa Esperança
Até mesmo para transportar as crianças é preciso a ajuda de terceiros. Recentemente, o proprietário do Paradiso Clube ofereceu o espaço para que as crianças possam ter um dia de diversão e alegria. No entanto, a Casa da Esperança ainda não conseguiu alguém que possa custear um ônibus ou van para transportá-las até o clube.
A coordenadora do abrigo, Eliane Sônia Gonçalves Pereira, diz que a casa carece de muitas melhorias e pede a colaboração de qualquer pessoa disposta a levar um pouco mais de esperança às crianças.
“Precisamos, com urgência, da doação de fraudas, berços e todo material necessário para que possamos montar um berçário. Também precisamos de leite e alimentos como carne e também biscoitos e achocolatados, pois trabalhamos com crianças e elas gostam dessas coisas. Falta também cama, colchão, armários e ventiladores”, pediu a coordenadora.
A Casa da Esperança também carece de uma boa reforma. Os funcionários pedem não só a doação de tinta e verniz para a pintura do abrigo, mas também conta com a colaboração de voluntários que queiram ajudar a colorir os sonhos das crianças.
A Casa da Esperança fica na Estrada Miguel Couto, 218, bairro Shangrilá, Belford Roxo. Os telefones para contato são 3771-6740 e 7871-6891. O Natal se aproxima e os funcionários pedem a colaboração de todos para que as meninas do abrigo possam ter um fim de ano um pouco mais colorido e feliz para que 2012 comece com uma nova esperanç
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