Energia Nuclear III
Pontos Contra
Ambientalistas e organizações não governamentais como o Greenpeace deixam claro a posição contrária a tal fonte energética. "A energia nuclear é cara e perigosa porque é obtida a partir de reatores que produzem resíduos letais", disse o coordenador da Campanha Clima do Greenpeace Brasil, Luis Piva, sobre os argumentos de alguns presidentes a favor de usinas nucleares durante a reunião do G8, no Japão.
"O Greenpeace defende uma revolução energética baseada em energias renováveis e eficiência energética para combater as mudanças climáticas e garantir a segurança energética", afirma.
Fatos como os testes com mísseis nucleares promovidos pelo Irã e os vazamentos em usinas na França são algumas evidências dos riscos que esta fonte energética traz. O presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, diz que o país pretende diversificar a matriz energética e argumenta que o uso da tecnologia nuclear para fins pacíficos é um direito do povo iraniano.
Para o físico e professor da Universidade de São Paulo (USP) José Goldemberg, a retomada do programa nuclear brasileiro “não faz sentido” diante das alternativas possíveis para suprir a demanda energética do país, como a utilização do potencial eólico e o fomento à produção de eletricidade a partir da cana-de-açúcar.
“Na grande maioria dos países que adotaram a energia nuclear, foi uma solução de desespero; é a última solução”, opina.
O professor da USP critica ainda o custo de Angra 3, segundo a Agência Brasil. Em palestra durante a 60° Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), Goldemberg disse que o megawatt-hora deverá custar R$ 170, quase 2,5 vezes mais que o valor licitado recentemente para a Usina Hidrelétrica de Jirau, no Rio Madeira (RO), de cerca de R$ 70 o megawatt-hora.
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