sexta-feira, 25 de novembro de 2011

ECONOMIZANDO III


Economia Doméstica
Donas de casa que colaboram para o cálculo de índices de inflação da FGV ensinam a driblar a alta de preços no supermercado
Elas fazem parte do grupo de pessoas cadastradas pela Fundação Getulio Vargas (FGV) para coletar, em diversos estabelecimentos com vendas ao consumidor final, os preços que deverão compor os índices de inflação calculados pela fundação, como o IGP-M e o IPC. Com a experiência de quem acompanha a variação de preços no varejo há vários anos, elas garantem: pequenos cuidados e dicas simples podem reduzir em até 30% as despesas desse item do orçamento.
Em São Paulo, por exemplo, donas de casa, colaboram há muitos anos para o cálculo dos índices inflacionários. E nessas quase duas décadas de trabalho pesquisando preços, elas estabeleceram algumas regras para evitar o desperdício no mercado e diminuir as despesas domésticas. A primeira delas é dividir as compras em várias visitas às redes varejistas.
A cada dez dias, elas vão ao supermercado com a tarefa de repassar os preços coletados à FGV. Mas, algumas delas vão às compras pelo menos duas vezes por semana para abastecer sua despensa, em geral, às quartas-feiras e aos sábados, dias em que costumam encontrar um número maior de ofertas.
A despeito da alta dos preços dos alimentos verificada ao longo de 2010, elas acreditam que não vale a pena fazer grandes compras de uma só vez. Para isso, ir várias vezes ao mercado ainda é a melhor opção para economizar.


Substituição de itens
Opinião compartilhada pelas cariocas, que aproveitam os dias de pesquisa de preços para levar os produtos em oferta para casa. Ser flexível e não apegar-se a um produto ou marca específica é um dos principais conselhos dados pelas donas de casa.
Economista da FGV, André Braz lembra que a substituição é uma das formais mais simples de economizar. A estratégia é válida, sobretudo, para a categoria alimentos in natura, como verduras, legumes e frutas. “Nesse conjunto, é fácil trocar um item por outro, o que não acontece quando se trata de produtos como carne, leite ou arroz”, diz o economista.
Promoções-relâmpago
Nesses casos, vale organizar as compras de acordo com os itens que estão em promoção. Elas aconselham o consumidor, entretanto, a não se empolgar com as ofertas e levar para casa mais do que precisa.
A mesma recomendação vale para as promoções-relâmpago, que fazem sucesso nas lojas. Em Recife a pesquisa de preços é realizada em dois supermercados a cada dez dias, e elas observam que, na maioria das vezes, os itens oferecidos têm prazo de validade prestes a vencer. Para reduzir as despesas, a sugestão é buscar ofertas nos encartes das redes varejistas.
Elas também recomendam que os consumidores levem o encarte da concorrência ao supermercado que costumam freqüentar. De acordo com pesquisas, a maioria das lojas cobre a oferta no caixa. Mas, é preciso ter disciplina para comprar apenas o que está em promoção. Caso contrário, o consumidor acaba ultrapassando o orçamento definido para as despesas de mercado.



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