sexta-feira, 25 de novembro de 2011

NÂO VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER EU APOIO


Dia Internacional da Não-Violência Contra a Mulher
Nesta sexta-feira (25/11) é celebrado o Dia Internacional da Não-Violência Contra a Mulher. A Polícia Civil prepara uma agenda especial com palestras e outros tipos de eventos até o dia 5/12, para conscientizar a população e, especialmente, as vítimas desse tipo de crime de que é preciso procurar as autoridades competentes.
Criada em 2006, a Lei Maria da Penha foi um marco importante para o combate à violência contra a mulher. De acordo com a delegada Sueli Murat, titular da Delegacia Especial de Atenção à Mulher (DEAM), a norma tornou possível proteger as vítimas:
"A Lei Maria da Penha foi essencial porque forneceu as ferramentas necessárias para que possamos punir os agressores e estabelecer as medidas protetivas para resguardar as vítimas, algo que é muito importante para garantir a segurança das mulheres", lembra. 
O exemplo está até nas novelas: em Fina estampa, a personagem Celeste (Dira Paes) sofria constantes agressões por parte do marido Baltazar (Alexandre Nero), até que procurou a delegacia. O marido ficou preso e, desde então, não comete mais qualquer ato hostil.
Para a delegada Sueli Murat, o mais importante é a mulher conseguir tomar coragem para denunciar o agressor, que geralmente está dentro de casa:
"Quase sempre o agressor tem relação afetiva ou de parentesco com a vítima. É preciso tomar coragem para quebrar esse ciclo de violência, que aumenta cada vez mais", explicou à delegada.
O começo da campanha educativa no Dia Internacional da Não-Violência Contra a Mulher será nesta manhã, a partir das 11h. A chefe de Polícia Civil, Marta Rocha, e as delegadas responsáveis pelas DEAMs do estado estarão presentes para celebrar a data.
Além disso, o ônibus da DEAM Itinerante estará estacionado na Central do Brasil, entre as 10h e às 16h, registrando reclamações da população.
Conscientização aumenta ano a ano
Segundo a delegada Sueli Murat, aos poucos, as vítimas têm se conscientizado de que não podem aceitar mais viver com medo. Ainda mais depois da entrada em vigor, há cinco anos, da Lei Maria da Penha.
"Desde que foi inaugurada, no final de 2009, a DEAM de São João de Meriti já registrou cerca de 6 mil denúncias. Só neste ano, foram quase 3500 denúncias. Mas isso não ocorreu porque o número de crimes aumentou, mas sim porque as mulheres têm cada vez mais procurado as autoridades", ressaltou.
Para Murat, o crescente número de denúncias é motivado pela percepção de que há realmente uma preocupação em atender as ocorrências:
"Cerca de 89% das denúncias que chegam até nós viram inquéritos. As pessoas vêem tudo acontecer. O boca a boca também é uma ferramenta importante", lembra a delegada.


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