terça-feira, 29 de novembro de 2011

PRÉ SAL


Exploração do pré-sal
País terá crédito para maior segurança na exploração
O ministro de Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), Aloizio Mercadante, anunciou nesta sexta-feira (25/11) a criação de uma linha de financiamento específica para projetos e equipamentos que garantam maior segurança na produção de petróleo do País, principalmente em alto-mar. A iniciativa envolve a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDEs).
"A exploração de petróleo no mar tem exigências rigorosas. Nós estamos trabalhando na Finep e devemos apresentar, junto com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), uma linha de financiamento especial para investimentos em tecnologias que aumentem a segurança da exploração no pré-sal", disse Mercadante, durante o seminário Pensando o Desenvolvimento Brasileiro, da Escola Brasileira de Administração Pública e de Empresas, na Fundação Getulio Vargas(FGV).
Mercadante estimou que a linha de financiamento, deverá estar disponível em 2012 e recursos de mais de R$ 1 bilhão. "Não adianta colocar pouco recurso. A maior cadeia de investimento no Brasil hoje é a de gás e petróleo, e os recursos são muito pesados. "Durante palestra a alunos e professores da FGV, Mercadante abordou assuntos ligados à economia e à produção industrial. Defendeu que as montadoras de automóveis desenvolvam conteúdo nacional ou paguem taxas maiores de importação. Atualmente, o governo exige que os carros tenham pelo menos 65% de conteúdo local.
"Nós avisamos a indústria automotiva de que vamos aumentar as exigências, quando vencer o prazo dessas medidas, a partir de 2013. Queremos mais pesquisa e desenvolvimento e mais engenharia no Brasil." Segundo ele, o número de engenheiros trabalhando em todas as montadoras brasileiras hoje é menor do que a quantidade de engenheiros que atuam na Embraer.
O ministro comentou ainda o processo de instalação da chinesa Foxcomm, maior fabricante de equipamentos eletrônicos do mundo, que deverá iniciar produção de componentes no Brasil, em local ainda não definido. "O maior desafio são os parceiros privados nacionais. Um investimento desse porte é muito maior do que o de uma montadora automotiva. Se não tiver parceiro privado, não tem transferência de tecnologia. Os sócios privados têm que se acertar para definirmos qual é a nossa participação". Entre os empresários que devem fazer parte da sociedade, segundo o ministro, está Eike Batista, dono do grupo EBX.
Mercadante explicou que a negociação com a Foxcomm é complexa pela dimensão do projeto, que só de área construída ocupará 1,5 km quadrado e consumirá 4 gigawatts (GW) de energia - o equivalente ao consumo de uma cidade de médio porte. "São várias fábricas. Só a primeira é um investimento de US$ 4 bilhões. A segunda é de valor semelhante. Depois têm vários outros segmentos associados a esse investimento, que são as partes de LED [Diodo Emissor de Luz], ótica, células fotovoltáicas." Seis estados disputam a fábrica: Minas Gerais, Paraná, Pernambuco, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e São Paulo.


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