sábado, 26 de novembro de 2011

ENERGIA NUCLEAR I


Energia Nuclear I
Polêmica Nuclear
A energia nuclear é a responsável por manter os prótons e nêutrons unidos no interior do núcleo dos átomos, a menor partícula de um elemento químico. Apesar de a maioria dos átomos terem este núcleo bem estabilizado, alguns estão instáveis e podem separar suas partes facilmente. Este é o caso do urânio, do plutônio e do tório, por exemplo.
Em um processo chamado de fissão (quebra, separação), as partículas liberam energia quando atingidas pelos nêutrons. Os reatores nucleares a aproveitam para transformar em energia térmica ou energia mecânica.
Após a utilização do urânio no reator, ele fica conhecido como combustível queimado e apresenta um alto teor radioativo, além de liberar calor. “Por isso, eles são armazenados em piscinas especiais, que estão geralmente localizadas no sítio do reator, de forma a permitir que tanto o seu calor como a radioatividade diminuam”, explicam os autores do livro Energia, Recursos Naturais e Prática do Desenvolvimento Sustentável.
Depois disso, o combustível queimado, que possui aproximadamente 96% do urânio original, pode ser reprocessado e o urânio pode ser recuperado, para retornar à usina de conversão e ser novamente enriquecido.
O resíduo líquido restante deste processo “pode ser calcinado (fortemente aquecido) para produzir um pó seco que é incorporado em vidro borosilicatado para imobilizar o resíduo. O vidro é então vazado em contêineres de aço inoxidável, cada um com capacidade para 400 kg de vidro” (pg.222).
A última etapa é encapsular as varetas de combustíveis queimados  em metais resistentes e enterrá-los junto com os resíduos vitrificados em estruturas rochosas profundas do subsolo terrestre.
Polêmica Nuclear
A energia nuclear é uma das opções energéticas mais polêmicas e sobre a qual, na opinião de alguns especialistas, há muito mais paixão do que informação. De um lado, alguns defendem seu uso por considerá-la uma fonte com baixo impacto ao aquecimento global, do outro lado estão aqueles que são totalmente contra, argumentando que o risco que se corre de contaminação radioativa ainda é muito grande.
No meio do caminho, estão os que defendem uma matriz energética diversificada, que possa incluir esta opção, como o professor Jen-Shin Chang, da Universidade canadense McMaster, e o físico Anselmo Salles Paschoa, que possui mais de 30 anos de experiência com energia nuclear.
Especialista em energias e tecnologias de controle de poluição, o professor aposentado se dedica a viajar pelo mundo colaborando com pesquisas em universidades nas áreas energéticas e de tratamento de poluição sólida, líquida e eliminação de gases.
Chang diz que o desafio na área energética é encontrar um sistema balanceado. “Nenhuma energia é o super-homem. Definitivamente precisamos de energias renováveis e dos combustíveis fósseis, incluindo o biocombustível e a energia nuclear. Nós chamamos isso de o novo sistema de pesquisa, encontrar a melhor maneira de cortar CO2 através da combinação de todos estes tipos de energia”, afirma Chang.


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