Mudanças Climáticas
China lança documento com ações para mudanças climáticas
Nesta terça-feira (22/11), o governo chinês publicou um documento para apresentar seus atuais e futuros empreendimentos e políticas para lidar com as mudanças climáticas. O guia, distribuído em uma coletiva de empresa, além de mostrar quais ações estão sendo tomadas para combater as mudanças climáticas, indica quais têm sido as contribuições da China nas negociações climáticas internacionais.
Segundo o relatório, o país está agindo em 11 principais aspectos durante o período de 2011-2015 para atingir suas metas de reduzir as emissões de gases do efeito estufa (GEEs) por unidade de produto interno bruto (PIB) em 17% até 2015 e o consumo energético por PIB em 16% no mesmo período. As metas levam em consideração os níveis de emissões e consumo de energia de 2010.
De acordo com o documento, nos próximos cinco anos, a China fortalecerá o sistema legal e o planejamento estratégico, acelerará a reestruturação econômica, aperfeiçoará o mix de energias, desenvolverá as energias limpas para cumprir suas metas e criará mais esforços para melhorar a capacidade de adaptação às mudanças climáticas.
Entre as iniciativas que o país já toma, estão os projetos de conservação energética, o desenvolvimento de uma economia circular, o lançamento de projetos piloto de baixo carbono, o estabelecimento gradual de um mercado de comércio de emissões de carbono e o aumento da capacidade de sumidouros de carbono.
No âmbito de sua participação nas negociações climáticas globais, o relatório enfatiza que a China aderiu ao mecanismo definido pela Convenção Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (UNFCCC) e pelo Protocolo de Quioto, apóia o princípio de “responsabilidades comuns, porém diferenciadas”, e contribuiu substancialmente para o desenvolvimento do Mapa do Caminho de Bali em 2007.
Além da apresentação do guia, Xie Zhenhua, vice-presidente da Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reforma da China (NDRC), mostrou a preocupação do país com o Fundo Verde Climático (GCF) devido à crise financeira. Para Xie, algumas nações poderão deixar de contribuir para o fundo por causa da instabilidade econômica, o que acarretará em graves conseqüências para o combate aos efeitos das mudanças climáticas.
Por isso, o vice-presidente da NDRC ressaltou a importância de se continuar contribuindo com o GCF. “As mudanças climáticas não se tornaram menos importantes por causa da crise financeira internacional, mas se tornaram menos proeminentes. Algumas pessoas dizem que dadas as dificuldades econômicas atuais nos países do Ocidente, não é a hora apropriada para discutir problemas financeiros”.
Ele defendeu que as doações devem continuar, ainda que tenham que ser de menor valor, pois as dificuldades financeiras são temporárias, enquanto as conseqüências climáticas podem ser irreversíveis. Apesar das várias opções para financiar o GCF, Xie acredita que a principal fonte ainda deve ser os governos dos países desenvolvidos.
“Se há dificuldades, por exemplo, pode-se doar menos dinheiro, mas o mecanismo deve estar lá, e esperamos e procuramos um progresso positivo na atribuição e administração destes mecanismos de financiamento de longo prazo (em Durban)”, concluiu.
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