Tratamento com células-tronco
Com a ajuda de um andador, um policial militar da Bahia conseguiu em outubro dar os primeiros passos desde que sofreu um acidente há nove anos. O paciente de 47 anos, que não teve nome divulgado, estava paraplégico e recebeu um transplante de células-tronco em 14 de abril deste ano. Em junho, já conseguia mover um pouco as pernas e, alguns meses depois, com a ajuda de muita fisioterapia, conseguiu dar os primeiros passos. Mas a recuperação do paciente baiano, apesar de dar muitas esperanças, ainda está anos à frente de tratamentos que cheguem aos hospitais e clínicas. Segundo Milena Botelho Soares, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) da Bahia, ainda falta muita pesquisa.
A cientista afirma que foram escolhidos para o estudo cinco pacientes que não tinham nenhuma outra forma de recuperação para assim atestar o resultado da pesquisa. As respostas ocorreram em diferentes graus de pacientes com pequeno retorno de sensibilidade e movimento até o policial que conseguiu andar. O estudo agora será ampliado e mais 15 pessoas com paraplegia se juntam ao grupo. Os resultados são animadores, e os pesquisadores da Bahia estimam que se os sucessos continuarem a ocorrer, o tratamento com células-tronco vai chegar aos hospitais, mas não antes de cinco anos.
"Fizemos o transplante em cinco pacientes. Esse é o mais antigo, o primeiro que tratamos e que teve uma resposta muito boa. Os outros pacientes tiveram graus variados de recuperação, uns tiveram pouco aumento de sensibilidade e ganho de movimento, outros tiveram maior grau", explica a cientista.
Nenhum comentário:
Postar um comentário