domingo, 20 de novembro de 2011

QUANDO O BARATO SAI CARO

Quando o barato sai caro
Nem sempre o mais barato é a melhor escolha; existem situações em que a economia pode se transformar em prejuízo
Quem nunca fez uma escolha errada, acreditando que iria economizar, para descobrir logo depois que o que parecia um excelente negócio se transformou em uma fonte de dor de cabeça e de prejuízos? Aproveitar liquidações e levar roupas que não servem (mas que vão ficar perfeitas depois daquela dieta milagrosa), abrir mão do seguro do carro e bater na saída da concessionária, comprar vouchers de sites de compra coletiva e perder o prazo para usá-los, economizar no táxi e ter o carro rebocado depois de ser pego em uma blitz da Lei Seca.  Exemplos não faltam para mostrar que o barato, às vezes, sai caro.
Toda compra tem vantagens e desvantagens. Por isso, o consumidor precisa refletir antes de escolher o que vai comprar. Em algumas situações, pequenas economias podem gerar grandes e inesperados rombos no orçamento. É o que se conhece popularmente como economia porca.
A resistência que alguns consumidores demonstram quando precisam investir na manutenção do carro. Com a facilidade de obtenção de crédito, muitas pessoas compraram automóveis. Mas, nem todas estavam preparadas para arcar com os custos de manutenção do veículo. E aí, são comuns os casos de quem deixa de gastar R$ 50 para alinhar e balancear as rodas e logo depois é obrigado a gastar mais de R$ 200 para comprar pneus novos porque não cuidou do carro como deveria.
Existem casos em que a pessoa comprou o veículo e só depois avaliou que não teria como pagar pelo seguro, correndo o risco de perder todo o valor aplicado na aquisição do bem, de uma hora para a outra.
Escolhas aparentemente simples também podem gerar prejuízos para os consumidores, como levar para casa alimentos em promoção no supermercado e descobrir que o prazo de validade dos itens é muito curto. O consumidor deve avaliar o custo-benefício de suas escolhas. Comprar um sapato desconfortável pela metade do preço não é uma oportunidade única de economia. É um desperdício de dinheiro. O mesmo vale para produtos e serviços de qualidade e origem incerta.
- Não pagar seguro do carro: a aparente economia se transforma em prejuízo quando o motorista tem o “azar” de bater em um carro de luxo ou tem o veículo roubado em um local aparentemente seguro.
- Comprar itens em promoção no supermercado com prazo de validade curto: convencido pela promoção-relâmpago, o cliente leva várias unidades do mesmo produto. Ao chegar em casa e consultar a data de validade a pessoa descobre, por exemplo, que terá que consumir 10 iogurtes em dois dias.
- Levar um eletrodoméstico do mostruário da loja e recebê-lo com defeitos: na loja, o vendedor oferece um desconto de “pai para filho”. Ao (tentar) usar o aparelho pela primeira vez, o consumidor descobre que nada funciona como deveria. No mínimo, a compra vai exigir um retorno à loja. Na pior das hipóteses, uma discussão em torno da troca do item ou do envio à autorizada para conserto.
- Comprar um serviço em site de compras coletivas e não conseguir usar a tempo o voucher: tratamentos estéticos, jantares românticos, diárias em pousadas charmosas. Tudo é muito tentador. Mas, com o voucher em mãos, muitos descobrem que os serviços só valem de segunda a quinta-feira, quando a maioria das pessoas não tem tempo para usar o cupom de desconto.
- Economizar no táxi e dirigir depois de consumir bebida alcoólica: sem contar o risco de se envolver em acidentes e causar danos a outras pessoas, o motorista irresponsável pode ainda ser pego em uma blitz, perder a carteira e ter o carro rebocado.
- Comprar passagens aéreas e pacotes de viagens por valores muito abaixo dos praticados no mercado: tudo parecia perfeito no voucher emitido pela agência de viagens. Mas, ao chegar, se a viagem realmente sair do papel, o consumidor descobre que o hotel não era bem aquele e que o serviço de receptivo contratado faliu e não se responsabilizará pelos passeios contratados.
- Não ter plano de saúde: “sou muito saudável” e “não gosto de médicos” são algumas das justificativas para quem tem condições de arcar com um plano de saúde e prefere não gastar. Mas, diante de uma doença mais séria ou de um acidente inesperado, a economia se transforma rapidamente em uma grande dor de cabeça.
- Ignorar a manutenção básica recomendada para veículos: economizar na troca de óleo, evitar as revisões periódicas e usar peças recondicionadas sem garantia são alguns dos erros cometidos por quem compra um carro, mas não quer gastar nada além da gasolina. A conta costuma ser cara quando o automóvel começa a apresentar problemas.
- Comprar itens em sites de comércio eletrônico, pouco conhecidos e não receber o produto: o site era meio estranho, mas a oportunidade parecia imperdível. Depois de pagar e aguardar por semanas, o cliente descobre que o site é campeão de reclamações em órgãos de defesa do consumidor.
- Investir em produtos de origem ou qualidade suspeita: esse é o caso clássico de economia que sai cara. O eletroeletrônico fabricado do outro lado do mundo e que vem sem garantia, os sapatos bonitos e baratos que machucam os pés, o game “original” vendido por uma lojinha que fecha na semana seguinte. Em situações como essas, avaliam os especialistas em finanças pessoais, o prejuízo é quase certo.


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