domingo, 6 de novembro de 2011

VIVER FELIZ

Quem é feliz vive mais

Um novo estudo mostra que adultos mais velhos que se consideravam felizes viveram mais do que outros que estavam menos contentes com suas vidas. O estudo aponta para uma ligação fascinante entre a forma como nos sentimos felizes no nosso dia-a-dia e a sobrevivência, disse Andrew Steptoe, diretor da Divisão de Saúde da População da University College London e autor da pesquisa.
Os autores do estudo também descobriram que altos níveis de emoções negativas, como a ansiedade, não significam a perda de alguns anos de vida. Os pesquisadores acreditam que felicidade tenha conexão com saúde, mas admitem que a pesquisa não fornece provas sobre isso. O desafio, a partir de agora, é descobrir os mecanismos específicos que as conectam. “A doença faz você se sentir menos feliz ou a felicidade protege contra doenças? Esta pesquisa é sobre a segunda possibilidade”, disse Steptoe.
Embora não haja provas sobre a relação de felicidade e longevidade, a mensagem para levar para casa é bastante clara, segundo Sonja Lyubomirsky, professora de psicologia da Universidade da Califórnia. “A sugestão irresistível é que devemos trabalhar duro para aumentar as emoções positivas em nossas vidas diariamente”, disse.
Emoções positivas e negativas
O estudo, que foi publicado em outubro na Proceedings of the National Academy of Sciences, ouviu 3.850 pessoas com idades entre 52 e 79 anos. Foi pedido que elas descrevessem seus sentimentos, felicidade, entusiasmo, preocupação, ansiedade ou medo, quatro vezes durante um período de 24 horas. Os voluntários estavam participando de um estudo sobre o envelhecimento.
O objetivo dos pesquisadores foi monitorar o que é conhecido como "efeito positivo" e "efeito negativo". Efeito positivo é um termo abrangente que se refere a emoções positivas, como paz, felicidade e empolgação. Efeito negativo é o oposto, a ansiedade, por exemplo.
Em seguida, os pesquisadores acompanharam os participantes para ver quantas pessoas morreram durante os cinco anos seguintes. Mais de 7% das pessoas que relataram o menor nível de felicidade morreram. Em comparação, apenas 3,6% das pessoas que se declararam com o maior nível de felicidade faleceram.
Mesmo levando em consideração fatores como renda, sexo e saúde, os pesquisadores concluíram que os que se declararam mais felizes tinham 35% menos chance de morrer do que aqueles que se diziam menos felizes. Os estudiosos questionaram o fato do efeito negativo, estar relacionado ao tempo de vida mais curto das pessoas declaradamente menos felizes. “Um dos motivos parece ser que sentir-se deprimido estava ligado a ter uma doença pré-existente”, disse Steptoe.
A pesquisa focou em mortes de maneira geral sem levar em consideração causas específicas como, por exemplo, câncer. Além disso, os pesquisadores avaliaram apenas o bem-estar em um período de 24 horas e não consideraram os fatores de risco individuais, tais como a obesidade.


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