segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

HIPOCONDRIA


Hipocondria: Doença Imaginária
Para um hipocondríaco, sinais aparentemente inofensivos se transformam em momentos dramáticos, em que uma dor de cabeça sem precedentes é sinal de um tumor cerebral ou a boca seca é indicação de diabetes.
A distorção exagerada dos sintomas leva o indivíduo com hipocondria a acreditar que sempre tem uma doença e acaba buscando atendimento profissional, realizando exames desnecessariamente e ainda faz, usualmente, uso de automedicação. Ainda assim, mesmo que testes médicos indiquem uma saúde perfeita, o portador do transtorno é capaz de contestar o resultado inúmeras vezes.
As estatísticas apontam que 1 a 2% da população brasileira sofre do problema, sendo a excessiva preocupação com a saúde uma doença, pois o sujeito se recusa a aceitar que seu problema pode ser de origem psicológica e não física.
A assiduidade é duas vezes maior entre os homens em relação às mulheres e não há esclarecimento científico que justifique o surgimento da hipocondria.
Prática comum entre os portadores é a automedicação, ação perigosa que agrava ainda mais o quadro, visto que é contraindicada por qualquer especialista. Por desacreditar do laudo médico, os hipocondríacos resolvem agir por conta própria, compram remédios desnecessários e, muitas vezes, nas habituais visitas à farmácia, discutem com os funcionários do estabelecimento a fim de justificar seu ponto de vista, mesmo que não apresentem nenhuma receita para comprar os medicamentos que julgam indicados para sua suposta doença.
As pessoas ansiosas ou que já foram diagnosticadas com algum transtorno de ansiedade são predispostas à hipocondria.  Outra característica presente entre os portadores é a incidência do contexto cultural ao determinar seus temores, ou seja, o indivíduo adere a alguma doença que esteja em destaque na mídia e se queixa de sintomas relacionados à patologia da moda.
Os adolescentes são os mais acometidos pelo transtorno e, geralmente, não aceitam que estejam com problemas psicológicos, dificultando o diagnóstico e o tratamento. Com o fácil acesso à internet, esses jovens encontram uma nova maneira de pesquisar doenças e creditam seus sintomas a várias patologias. É importante esclarecer que o sujeito já é hipocondríaco quando realiza essas buscas, ele não se torna portador em razão da internet.
A história clínica e a ajuda de familiares são medidas fundamentais para o diagnóstico, já que é baseado em relatos de pessoas próximas ao paciente. O tratamento indicado é a psicoterapia cognitiva comportamental, utilizada para auxiliar o portador no processo de entendimento desta doença imaginária. A hipocondria não tem cura, porém, o acompanhamento profissional é de suma importância na percepção e controle do problema.




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