quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

MOVIMENTO PELA EDUCAÇÃO


Movimento “Ocupe Brasília”
Inspirada em movimentos internacionais como o Ocupe Wall Street, que protestam contra os impactos da crise financeira sofridos pela população, a União Nacional dos Estudantes (UNE) acampou na Esplanada dos Ministérios a partir da terça-feira (6/12) para pedir o aumento dos investimentos em educação. O movimento Ocupe Brasília, do qual também participa a União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (UBES), pretende reunir cerca de 300 estudantes em algum ponto próximo ao Congresso até o fim da semana.
O principal objetivo da manifestação é incluir no Plano Nacional de Educação (PNE) a meta de investimento de 10% do Produto Interno Bruto (PIB) para os próximos dez anos. O relator da proposta que atualmente tramita na Câmara dos Deputados definiu esse patamar em 8%, segundo relatório divulgado na segunda-feira (5/12). Atualmente, o país aplica cerca de 5% do PIB em educação.
“A gente reconhece o esforço do relator, o deputado Ângelo Vanhoni (PT-PR) de pautar essa discussão dentro do governo, mas para a gente, 8% do PIB são insuficientes. O Brasil ultrapassou a Itália e já é a sétima economia do mundo, nos próximos anos vai ser a quinta do mundo. Mas, nos rankings  internacionais, como o da UNESCO (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura) ficamos em 88° na qualidade da educação. Apesar da crise internacional, o Brasil cresce acima da média mundial, entendemos que esse é o momento para combater as desigualdades educacionais historicamente instituídas”, defende o presidente da UNE, Daniel Iliescu.
Além do aumento dos investimentos para a educação, o movimento vai defender a inclusão da meia-entrada para estudantes na Copa do Mundo de 2014 e 50% do Fundo Social do Pré-Sal para a educação. Todos esses assuntos estão em debate atualmente no Congresso Nacional. A UNE programa algumas atividades para a semana, entre elas sessões de cinema com filmes nacionais e um campeonato de futebol no gramado da Esplanada em defesa da meia-entrada para estudantes.
Iliescu diz que a diferença da ocupação proposta pela entidade em relação a outros movimentos que ocorrem no mundo é que no Brasil a agenda é positiva. “Nossa inspiração vem de movimentos como o dos estudantes chilenos, dos manifestantes da Praça Tahir (no Egito) e os Indignados da Espanha. Com a diferença que aqui nós não vivemos uma situação de desemprego ou perda de direitos. Nosso esforço é mobilizar os estudantes por uma agenda positiva”, diz.



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