China anuncia novas medidas para reduzir emissões
A nação que mais emite gases do efeito estufa (GEEs) no mundo planeja criar mais ações para controlar sua liberação de carbono na atmosfera. Na quinta-feira (05/01), a mídia chinesa anunciou que o Ministério das Finanças está analisando propostas para implementar um imposto de carbono para os principais poluidores do país que deve entrar em vigor até 2015. Além disso, os chineses pretendem aumentar sua meta de energia eólica para 1000 GW até 2050.
O projeto para a imposição da cobrança de carbono faz parte do 12º Plano Quinquenal da China, que vai de 2011 até o final de 2015. A ideia é cobrar cerca de US$ 1,59 por cada tonelada de carbono emitida pelos maiores consumidores de carvão, petróleo e gás natural do país, aumentando gradualmente essa taxa de acordo com os níveis de emissão das empresas.
O projeto para a imposição da cobrança de carbono faz parte do 12º Plano Quinquenal da China, que vai de 2011 até o final de 2015. A ideia é cobrar cerca de US$ 1,59 por cada tonelada de carbono emitida pelos maiores consumidores de carvão, petróleo e gás natural do país, aumentando gradualmente essa taxa de acordo com os níveis de emissão das empresas.
Embora a intenção seja aplicar esse imposto até 2015, o governo não mencionou a partir de quando o aumento da cobrança deve ocorrer. E apesar de pedidos para que a taxa seja implantada ainda neste ano, a agência de notícias do governo, Xinhua, declarou que o lançamento do projeto deve ser adiado devido a incertezas econômicas.
Outra medida do Plano Quinquenal para reduzir as emissões de GEEs da China é diminuir a intensidade de carbono do país, ou seja, a quantidade de CO2 eliminada por unidade de produto interno bruto (PIB), em 17% até 2015 em relação aos níveis de 2011.
Para garantir que essas metas sejam alcançadas, o governo introduziu novos padrões de eficiência para combustíveis e energia, está implantando mercados de carbono em diversas províncias do país, lançou incentivos para investimentos em energia de baixo carbono e incluiu novas metas para o desenvolvimento de energias renováveis.
Uma das novas metas para a produção de renováveis é a da energia eólica, que, segundo um roteiro publicado recentemente pela NDRC (National Development and Reform Commission – Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reforma da China), deve chegar a 1000 GW até 2050.
De acordo com o documento, até lá o país deve atingir as metas transitórias de 100 GW, 200 GW e 400GW em 2015, 2020 e 2030, respectivamente. O relatório prevê ainda que por volta de 2020 a energia eólica deve ter um preço semelhante à da energia carbonífera.
A energia eólica offshore, especificamente, deve atingir cinco mil MW nos próximos cinco anos, totalizando apenas 5% da produção de energia da China, dada a limitação espacial para o seu crescimento.
O relatório sugere que sejam seguidos os seguintes passos para a produção da energia eólica no país: até 2020, dar prioridade ao desenvolvimento de projetos de energia eólica onshore, complementados por projetos de demonstração offshore perto da costa; de 2012 a 2030, investir igualmente no desenvolvimento de projetos eólicos onshore e offshore perto da costa, apoiados por projetos de demonstração de offshore longe da costa; e de 2031 a 2050, realizar o desenvolvimento simultâneo dos três tipos de projetos.
Com isso, o governo espera transformar a eólica em uma das cinco principais fontes energéticas da China, fazendo com que o investimento no setor chegue a cerca de US$ 1,9 trilhão em 2050. “Até 2050, os projetos de energia eólica devem oferecer 17% da demanda de energia na China”, comentou Wang Zhongying, diretor e pesquisador do Centro para Desenvolvimento de Energia Eólica do Instituto de Pesquisa em Energia, que é parte da NDRC.
Atualmente, a conexão na rede e a necessidade urgente de gerar energia são os dois principais fatores que restringem o desenvolvimento da energia eólica na China. Dada a situação, é imperativo para nós planejarmos e implementarmos programas para a inclusão oportuna da energia eólica.
Esse desenvolvimento do setor deve possibilitar também mais oportunidades aos produtores de turbinas eólicas, que neste ano tiveram uma queda de 60% em seus lucros devido à retração no preço de seus produtos e à redução da demanda, causada sobretudo pela crise financeira internacional.
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