quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

Como fazer seu dinheiro render no curto prazo


Como fazer seu dinheiro render no curto prazo
Para quem pretende se casar em dezembro de 2012, e já tem o dinheiro da festa e do vestido e agora procura uma aplicação financeira. O objetivo é deixar o capital render, sem correr o risco de perder o que já conseguiu juntar. No fim do ano, quando chegar a hora de pagar as despesas do casamento, ela resgatará o que acumulou.
Em situações assim, em que os recursos serão aplicados para o saque no curto prazo, a sugestão de especialistas é esquecer a bolsa de valores e buscar modalidades de renda fixa, que têm menor risco.
Dependendo do valor em mãos e da quantidade de meses até o dia de usar o dinheiro, as recomendações variam, mas não muito. Para quem pretende dar entrada em uma casa própria, comprar um carro ou pagar uma pós-graduação, por exemplo, as aplicações mais sugeridas pelos especialistas são duas modalidades de renda fixa, os títulos do Tesouro Direto e o CDB DI (Certificado de Depósito Bancário indexado ao Depósito Interbancário), que são títulos vendidos por bancos, em que o rendimento do dinheiro acompanha a taxa básica de juros brasileira, a Selic.
Para não frustrar qualquer objetivo de curto prazo, a aplicação financeira tem que ser de renda fixa, porque se der um problema no caminho, a renda variável pode fazer com que ele perca o que tinha.
Modalidades de renda variável, como as ações de empresas em bolsa de valores, são arriscadas para pequenos períodos. As ações não são recomendadas de jeito nenhum quando se tem um objetivo para o dinheiro. Caso ocorra uma crise financeira, por exemplo, o poupador pode ver seu dinheiro sumir de uma hora para outra e pode não ter tempo para recuperar tudo até o dia em que vai precisar do capital.
Dentro do universo da renda fixa, que inclui também a poupança, os especialistas indicam o CDB DI e o Tesouro Direto por apostarem em alta ou manutenção do juro no curto prazo. Apesar de a presidenta Dilma Roussef ter declarado que pretende baixar o juro real no País (que é a Selic com o desconto da inflação), a opinião dos consultores, professores e profissionais do mercado é de que a taxa seguirá alta.
Pela primeira vez em muitos anos, temos inflação de demanda (quando a forte procura por bens e serviços leva as empresas a subirem os preços). Para controlar essa inflação, um dos principais instrumentos da equipe econômica do governo é o aumento do juro.
Assim, se a Selic subir, o rendimento do CDB DI também aumenta. Isso acontece porque essa modalidade de aplicação nada mais é do que um título que representa uma dívida do banco para com o investidor, cujo prêmio pago pela instituição tem como referência a taxa básica brasileira. Na hora de adquirir o título, o investidor negocia com a instituição bancária a porcentagem que vai receber do rendimento da aplicação. Quanto mais dinheiro e maior o prazo disponível, maior o poder de barganha do cliente. Caso tenha R$ 60 mil ou mais, se ele pesquisar em vários bancos, pode conseguir até 102% do retorno.
A recomendação de títulos do Tesouro Nacional segue a mesma linha de raciocínio do CDB DI. A rentabilidade do primeiro tipo varia de acordo com a Selic, enquanto o retorno das NTN-B depende da inflação.
As LFT, que é um título sem risco, pós-fixado, e que vai acompanhar o juro, cuja vantagem dessa aplicação em relação ao CDB DI é que o investidor adquire o título diretamente do governo, via instituições autorizadas, e não precisa pagar taxas cobradas pelos bancos. Por outro lado, o CDB traz comodidade para quem já é cliente de uma instituição bancária, pois basta fazer a transferência do dinheiro que está na conta para a aplicação.
As NTN-B estão entre as melhores opções porque funcionam como uma proteção. Como o investidor tem o objetivo de adquirir bens ou serviços, que podem ficar mais caros durante o período em que o dinheiro será aplicado, a modalidade vai acompanhar eventuais aumentos de preços.
Nos dois casos sugeridos - CDB DI e Tesouro Direto - o imposto de renda (IR) pago pelo investidor acompanha a tabela regressiva de renda fixa. Se o resgate for feito em até seis meses, a taxa será de 22,5%. Caso a retirada seja nos meses seguintes, em até um ano, o rendimento terá um desconto de 20%. A poupança, que é isenta de IR, vale a pena quando o valor aplicado é pequeno, como no caso em que o investidor possui R$ 5 mil e pretende usar o dinheiro no fim do ano para pagar uma festa de formatura e uma viagem, por exemplo.





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