quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

DICAS IV


Família Unida, Contas em Dia
Você está endividado e, após examinar suas contas e calcular o tamanho da dívida, chegou o momento de traçar um plano para reverter a situação. Se você acredita que pode ou deve resolver sozinho esse problema, saiba que suas chances de sucesso são muito maiores se contar com o suporte da sua família.
Os resultados são sempre melhores (e mais sustentáveis) quando toda a família se envolve na questão, é preciso pensar coletivamente ao traçar metas. E isso inclui crianças e adolescentes.
Desde pequenos os filhos devem aprender que ganhar dinheiro não é fácil. Por exemplo, ao levar os filhos no supermercado ou shopping os pais devem combinar, antes de sair de casa, quais serão os gastos permitidos naquela ocasião.
A união dos integrantes da família é importante, mas nem sempre fácil de se conquistar. Para se ter uma ideia dos atritos que podem surgir nesse momento, basta pensar no conceito de supérfluos. Um homem muito provavelmente acredita que as idas semanais da mulher ao salão de beleza podem ser cortadas sem problemas. Já a esposa apontaria o chope do marido com os amigos do trabalho como uma despesa inútil que precisa ser eliminada. O que dizer, então, das compras constantes de roupas e brinquedos para as crianças ou das despesas com as festas e os “compromissos sociais”.
Diante desse cenário, recomendam os consultores, as famílias têm que se esforçar para deixar o individualismo de lado. Se o casal tem dois carros e não consegue mantê-los, a solução talvez seja vender um dos veículos e partilhar o outro. Ou talvez a família descubra que não precisa manter os títulos de clubes que pouco frequentam e o pacote mais caro de TV a cabo que é assistido por apenas uma pessoa. Não importa como será feita a revisão do orçamento. O fato é que todos precisam estar dispostos a colaborar.





Pequenas despesas que levam a grandes dívidas
Ao assumirem a condição de endividadas e traçarem um plano para quitar suas dívidas, as pessoas em geral concentram suas atenções nas contas mais pesadas, como aluguel ou financiamento da casa, prestações do carro, mensalidades escolares e compras de supermercado. Mas, muitas vezes, a solução está nos detalhes que passam despercebidos.
Economistas garantem que os pequenos gastos são o terror do orçamento, e propõem um teste simples. Ponha uma nota de R$ 100 na carteira numa segunda-feira e veja quanto tempo ela ficará lá, guardada, sem que você se anime a gastar aquela quantia. Na semana seguinte, ponha 50 notas de R$ 2 na carteira. Embora se trate do mesmo valor, as notas de R$ 2 desaparecem com muito mais facilidade que a de R$100.
Exemplos como de pessoas endividadas, que compram produtos desnecessários no caminho do trabalho todos os dias. Isso é uma compulsão. E o que representa apenas uma pequena despesa diária, se transforma em um gasto enorme ao final do mês.
Por essa razão, quem precisa organizar a vida financeira deve começar anotando rigorosamente todas as despesas, da fatura do cartão de crédito, ao cafezinho de todos os dias, passando pela conta de água e luz. Registrados, os gastos podem surpreender. 
A boa notícia é que ninguém precisa passar o resto da vida anotando rigorosamente todas as despesas. Com disciplina, basta registrar os gastos nos dois ou três primeiros meses. Se a pessoa é assalariada, despesas e receitas não mudam muito de um mês para o outro. No caso dos que têm renda variável, como vendedores e profissionais autônomos, vale anotar por um período maior que permita traçar uma média, como quatro ou cinco meses.
Fica mais simples realizar cortes que não sejam muito drásticos, como compara a tarefa de reduzir despesas à dieta alimentar. Perder 20Kg em três meses é até possível, mas ninguém aguenta a dieta por muito tempo. Economizar é a mesma coisa. Deve-se ter algum nível de sacrifício, mas mantendo alguns pequenos prazeres. Caso contrário, a situação fica insuportável. Em resumo, se a sua família sai todos os finais de semana para comer fora e a conta está ficando muito cara, talvez valha a pena considerar a alternativa de uma rodada de pizza feita em casa. Pode ser mais divertido e, com certeza, será mais barato.




Planeje suas despesas e evite novas dívidas
Consultores especializados em finanças pessoais dizem que há dois caminhos que levam às dívidas e à inadimplência: gastar mais do que se recebe ou gastar antes de receber. É claro que as exceções existem. Desemprego, doenças na família e acidentes muitas vezes são o estopim para o endividamento. Mas, a grande maioria dos endividados sofre com os excessos de consumo muitas vezes justificados pela máxima “Eu trabalho muito e mereço”.
Deve-se ter cuidado com essa postura. Em tese, todo mundo que trabalha merece ter aquilo que deseja. Mas, seja realista. Você pode arcar com a despesa que deseja fazer?”“.
E não vale perguntar se você pode pagar o que deseja comprar. Com as facilidades de crédito disponíveis hoje, é possível pagar quase tudo. A questão é: você tem dinheiro para pagar? As pessoas precisam aprender que dívida não é somente a conta que está atrasada. É também o que está em andamento.
Mesmo que não esteja inadimplente, o consumidor deve pensar duas vezes antes de assumir novas dívidas. Somadas, as pequenas prestações da televisão nova, da viagem de férias e das últimas compras no shopping podem tornar-se dívidas impagáveis.
A mesma análise se aplica aos tão populares empréstimos consignados, que provocam uma falsa sensação de aumento de renda. Hoje, vemos pessoas comprando veículos muito mais caros que o permitido por seu padrão de renda. E, enquanto os juros elevam o preço, o valor de mercado do carro segue caindo, numa conta que tem tudo para não fechar.
Por isso, não basta cortar as despesas e pagar as dívidas. É fundamental organizar o orçamento tendo em vista o que é necessidade e o que é supérfluo. Estima-se que mais de 70% de todas as compras que fazemos estão relacionadas a desejos de consumo. É justamente aí que há espaço para organizar as finanças.




Cinco maneiras de economizar dinheiro sem sofrer
1. Reavalie os contratos que assinou e veja se vale a pena pagar por serviços não utilizados
À primeira vista, a ideia de abrir mão do título de um clube tradicional ou da academia badalada pode soar como uma decisão difícil para quem precisa (ou quer) economizar sem fazer grandes cortes no orçamento.
Mas, seja sincero. Quantas vezes, no último ano, sua família frequentou o clube pelo qual você já  desembolsou uma pequena fortuna? E a academia? Você está pagando por algo que efetivamente utiliza ou você só contabiliza quilos extras e reais a menos quando paga a mensalidade?
O mesmo raciocínio vale, entre outros exemplos, para o plano de TV a cabo e para o pacote de tratamentos na clínica de estética, que você paga todos os meses, mas não tem tempo de usar.

 2. Reorganize seus horários e aproveite descontos em serviços
Pagar menos pelo mesmo serviço e ainda ganhar algum “bônus” é a proposta de cinemas, salões de beleza e restaurantes, apenas para citar alguns estabelecimentos, que dão descontos para os horários com menor demanda.
Cortar o cabelo e ganhar uma escova, pagar metade do ingresso na sessão de cinema e economizar em refeições fora de casa são alguns dos benefícios para clientes que se organizam e conseguem, por exemplo, frequentar o salão numa terça-feira à noite, ir ao cinema às quartas ou almoçar mais tarde que a média das pessoas.
De quebra, você ainda economiza tempo e paciência ao fugir das filas e da demora nos finais de semana.
3. Planeje viagens e férias com antecedência
Planejar viagens com antecedência pode render uma economia de até 30% em pacotes e passagens aéreas
Arrumar as malas e partir sem destino é o sonho de muita gente (sobretudo, depois de uma semana estressante de trabalho). Mas, se você pretende viajar sem gastar todo o dinheiro que tem, a melhor estratégia é planejar viagens e férias com a maior antecedência possível.
Quem se programa consegue encontrar passagens aéreas mais baratas, melhores hotéis por bons preços e foge dos períodos de maior demanda, como feriados.
Mesmo em épocas de alta temporada - como réveillon, natal e férias de janeiro e julho, quem compra os pacotes de viagem antes consegue economizar de 20% a 50%, de acordo com cálculos de profissionais de turismo. 

  4. Não tenha vergonha de dizer não
Aprender a dizer não sem culpa para pedidos de filhos, amigos e parentes pode ajudar a evitar gastos desnecessários.
Parece óbvio, mas aprender a dizer não sem culpa ou dor na consciência pode evitar gastos desnecessários e até mesmo dívidas. Isso inclui o amigo que pede dinheiro ou o seu cartão de crédito emprestado, o parente que precisa de fiador para alugar um imóvel e até o filho (ou filha) que não para de pedir a roupa da moda, o brinquedo da televisão ou o celular que todo mundo tem.
Ainda que soe cruel negar um simples pedido, lembre-se: é o seu dinheiro. E uma compra ou empréstimo aparentemente inofensivo pode desestabilizar seu orçamento e gerar uma dívida inesperada.
5. Reutilize e compartilhe objetos que não usa mais
Trocar roupas, livros e até brinquedos é uma forma simples de reaproveitar o que já se tem e de economizar.
As roupas que você não quer mais usar e que estão em bom estado, os livros didáticos que se acumulam nas prateleiras e gavetas, os brinquedos que seu filho guardou no fundo do armário. Tudo isso e mais pode ser incluído em um bazar de troca com seus amigos ou até mesmo ser vendido em brechós e sebos.
Bom negócio para você, que consegue uma renda extra, e para quem compra o produto por um preço mais baixo. Se for “apenas” uma troca, no melhor estilo de consumo colaborativo, melhor ainda.



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