sábado, 21 de janeiro de 2012

DICAS II


Dez sinais de que você perdeu o controle sobre suas dívidas
A paciente chegou tranquila ao consultório psiquiátrico. Cinco minutos depois, quando começou a falar sobre seu problema, mostrou sintomas físicos de ansiedade. “Ela tremia e transpirava”, conta a psiquiatra. A paciente, é viciada em compras e, como consequência da patologia, acumulou uma dívida de R$ 600 mil.
Ela conta que fica o tempo inteiro pensando no que pretende comprar e como vai fazer para conseguir saciar seu desejo. Seu casamento fracassou e os outros membros da família já não conversam mais com ela. “Ela se sente como uma dependente de crack”, diz a psiquiatra.
Nos Estados Unidos, 5% da população têm o mesmo problema, segundo a psiquiatra, mas ainda não há dados oficiais sobre o Brasil. Mas o caso é muito mais comum no País do que se imagina, e a maior incidência é na população de 31 a 39 anos.
Em casos menos graves, mas também preocupantes, o endividado costuma esconder as compras para que seus familiares não vejam, ou mentir sobre o preço.
 Às vezes o comprador não percebe que está ultrapassando um limite saudável de consumo, diz a psicanalista. Mas as especialistas afirmam que é possível identificar sinais de que as compras estão exageradas e dão dicas de como resolver a situação.
A gravidade do problema não é camuflada pelo próprio consumidor, mas sim pelo fato de existir uma aceitação social do ato de fazer compras, o que não acontece com o consumo de drogas, por exemplo. Além disso, o Brasil está passando por um período de enorme incentivo ao consumo e de crédito fácil, o que estimula a população a consumir e tomar empréstimos, sem que as pessoas tenham consciência do problema que pode estar surgindo.
Ação
Identificar o problema é o primeiro passo para resolver a situação. Mas os especialistas advertem que não basta assumir a dificuldade de lidar com as dívidas. É preciso que o endividado encare a realidade e entenda que as dívidas são um desafio a ser superado.
Para enfrentar o problema, é preciso coragem. Há casos em que o comprador sabe que está gastando além do que deveria, mas prefere fingir que está tudo bem. Ele vive em um falso otimismo excessivo e costuma dizer a si mesmo: ‘no mês que vem eu dou um jeito nisso. Mas o tempo passa e, com altas taxas de juros, a situação acaba saindo do controle.
Caso não consiga aceitar a situação sozinho, o endividado deve ter ao menos a iniciativa de buscar ajuda.
Na esfera psicológica, a primeira missão do consumidor, de preferência, com a ajuda de um profissional, é identificar as causas que o levaram a acumular as dívidas, diz Patrícia. Dependendo desta resposta, será trilhado o caminho para resolver a situação.
No âmbito financeiro, é preciso disciplina para conseguir organizar o orçamento, o que muitas vezes vai demandar alguns sacrifícios, como cortes de gastos e uma diminuição do padrão de vida.
O ideal, é que o endividado busque um consultor de finanças de confiança para dar dicas sobre como reestruturar as dívidas. Outra opção é ouvir o que amigos e familiares têm a dizer, “desde que sejam pessoas sensatas,”.
  • Esconde as compras para que os familiares e amigos não vejam;
  • Mente que os produtos custaram menos do que o valor real;
  • Sempre adia a resolução do problema das dívidas para o ‘mês que vem’;
  • Paga apenas a parcela mínima do cartão de crédito;
  • Toma empréstimo de uma instituição para cobrir a dívida em outra;
  • Tem sempre uma justificativa para suas dívidas, quase sempre "culpando" um terceiro pela situação (salário, governo, patrão);
  • Faz as contas dos ganhos e despesas considerando seu salário bruto;
  • Possui dívidas longas, superiores a três meses, de compras de itens supérfluos, que não sejam a casa própria, o carro, ou um crédito educativo, por exemplo;
  • Evita falar sobre as dívidas;
  • Não consegue ficar um dia sem comprar algo.
  • Corte despesas desnecessárias;
  • Converse sobre o assunto com amigos e familiares, se forem pessoas sensatas;
  • Não compre por impulso e não confunda necessidade de consumo com desejo de comprar;
  • Nunca gaste contando com ganhos futuros ainda não confirmados;
  • Priorize as despesas básicas e reserve parte do salário para situações de emergência;
  • Não faça novos empréstimos para quitar dívidas atuais, a menos que os juros sejam mais vantajosos;
  • Pague sempre o valor total da fatura do cartão de crédito, pois pagamentos inferiores acarretam a cobrança de altos juros;
  • Evite fazer financiamentos ou empréstimos de longo prazo;
  • Ao financiar, leia, entenda e avalie o compromisso que está assumindo. Informe-se sobre o Custo Efetivo Total (CEF) do empréstimo e compare com o de outras lojas;
  • Decida sobre novas dívidas juntamente com sua família.





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