sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

INFIDELIDADE


Infidelidade Financeira
Um em cada quatro americanos não contaria nada à esposa ou marido se estivesse passando por dificuldades financeiras, revela pesquisa realizada pela instituição norte-americana National Foundation for Credit Counseling (NFCC), que entrevistou 1,4 mil pessoas.
O temor de que a notícia preocupe desnecessariamente o (a) parceiro (a) e a possibilidade de prejudicar o relacionamento são duas das principais razões que levam os americanos a esconder dívidas e problemas envolvendo dinheiro.
A falta de conhecimento do cônjuge sobre as dívidas também é apontada como uma das razões para não tocar no assunto em casa.
Mesmo que a intenção seja boa, esconder informações financeiras do marido ou esposa é um sinal de que o relacionamento não é saudável nem emocional, nem financeiramente. E os registros comprovam que o estresse financeiro é uma das principais causas de divórcio nos Estados Unidos.
Desentendimentos aumentam quando a renda cai
Ainda que seja complicado falar sobre o tema, conversar de maneira aberta e honesta sobre dinheiro é algo que deve ser feito o quanto antes entre um casal, sobretudo se o relacionamento ainda não foi oficializado.
As pessoas costumam trazer uma bagagem financeira para seus relacionamentos que não entram em pauta até que algum problema mais grave apareça. Se os dois não têm o mesmo nível de informação sobre as finanças do casal, é certo que haverá desentendimentos. Principalmente se a renda, por alguma razão, diminuir.
Veja abaixo, algumas dicas para abordar questões financeiras com seu/sua parceiro (a):
  • Não discuta problemas financeiros durante uma briga. Escolha o momento mais adequado e, com tranquilidade, aborde a questão;
  • Procure conversar de maneira informal para compensar a seriedade do tema. Lembre-se de que as opiniões e preocupações de seu marido ou esposa são válidas;
  • Seja honesto (a) sobre sua situação financeira. Se você tem dívidas ou tem uma renda menor, é preciso admitir o fato de que manter o estilo de vida anterior não é possível;
  • Esteja aberto (a) para ajustar seu padrão de vida. Se for preciso, corte despesas, trabalhe mais ou encontre uma fonte de renda extra;
  • Não esconda dívidas ou receitas. Isso é o que se chama de infidelidade financeira. Ao invés de adotar essa postura, compartilhe documentos como extratos bancários, faturas de cartões de crédito e carnês de prestações a serem pagas;
  • Não jogue a culpa no outro. Isso não vai ajudar em nada;
  • Assuma que as pessoas lidam com dinheiro de maneiras diferentes. Entenda o seu perfil e o de seu parceiro e aprenda o que ele/ela faz melhor que você, como economizar ou investir melhor o dinheiro.




Saiba o que é a fobia Financeira
Várias pessoas, não podem nem pensar em seu cartão de crédito que seu coração começa a acelerar. Chegam a transpirar de pânico. Para não ter que encarar seus gastos de frente, elas preferem não abrir a fatura que chega pelo correio.
Apesar de parecer estranho, esse comportamento também pode ser observado em nada menos do que 18% dos homens do mundo. Eles sofrem da chamada fobia financeira, termo criado em 2003 por pesquisadores da Universidade de Cambridge para caracterizar pessoas que tem aversão a lidar com questões financeiras.
Entre as mulheres, o percentual é um pouco maior, de 23%, segundo os pesquisadores. A fobia financeira não é uma doença e tem diversos níveis de intensidade.
É um termo usado por uma corrente de estudo que começou na Universidade de Cambridge e que busca encontrar a razão pela qual as pessoas têm uma relação difícil com suas finanças pessoais.
É possível perceber algumas causas do problema. Há pelo menos três teorias que explicam este comportamento: procrastinação, frustração e falta de confiança.
A procrastinação, ou adiamento, pode ser um fator que gera a fobia financeira pelo fato de as pessoas se sentirem culpadas por adiarem suas decisões financeiras. O estudo mostra que muitos entrevistados que têm fobia financeira disseram que costumavam evitar tarefas que envolviam seu dinheiro, então se sentiam culpados e ansiosos. Mas como não tomavam atitudes, a situação virou um círculo vicioso e culminou com a fobia.
A falta de confiança, por sua vez, está ligada à educação. Alguns entrevistados expressaram falta de confiança em lidar com informações recebidas de prestadores de serviços financeiros. Outros ficavam inseguros por não entender dados, números e gráficos. Mas há também casos de pessoas bem sucedidas, mas que não se sentiam confiantes e acabaram desenvolvendo a fobia.
Já a frustração estava presente em pessoas que sofrem de fobia financeira e que tinham o controle de sua situação financeira, mas tiveram um evento inesperado e suas vidas mudaram para pior. Segundo as pesquisas, indivíduos que depois de terem sido pobres, conseguiram organizar suas vidas financeiras e poupar. No entanto, um acontecimento externo fez com que perdessem parte do que juntaram, o que acabou acarretando um certo desespero e a fobia financeira.
Em momentos de crise, as pessoas tendem a ficar ainda mais sensíveis. Quando o noticiário é muito negativo, essa aversão pelo risco e por assuntos ligados ao dinheiro aumenta. Quem tem fobia financeira pode ficar bem quando a situação econômica em seu redor vai bem, mas pode ter crises de medo se perder o emprego.
Dinheiro é 3º maior medo do mundo
As pesquisas da Universidade de Cambridge mostram que os medos relacionados com o dinheiro podem ser comparáveis ao medo da morte. Os pesquisadores identificaram que o maior medo das pessoas é o de falar em público, que foi manifestado por 92% dos entrevistados. Em seguida, vem o receio de morrer, com 69%. Em terceiro lugar está o medo de não conseguir se sustentar no futuro, que foi citado por 65% das pessoas.
As autoridades brasileiras já estão atentas à gravidade da fobia financeira. Trata-se de uma questão preocupante, mas que já está começando a ser discutida no setor financeiro. A educação financeira pode ajudar, e o governo já vem trabalhando para levar o tema para o currículo das escolas.
Enfrentar o medo
Mas é preciso também um esforço pessoal de quem tem fobia financeira. A sugestão é que o indivíduo tente falar bastante sobre o assunto. É muito recomendado que sejam feitas conversas em família, ou com especialistas. Ou então a pessoa pode buscar cursos de educação financeira gratuitos, para começar a ter um domínio sobre suas finanças.
Alguns resultados positivos podem ser observados em pessoas que fizeram terapia comportamental cognitiva (cognitive behavioural therapy, CBT), uma forma de tratamento feita por especialistas de psicologia ou psicologia financeira que busca trabalhar a forma como as pessoas veem a realidade. Na verdade, a fobia vem da forma como as pessoas percebem a realidade, então a CBT busca estudar isso e reverter a percepção.

 



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