quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

SEMPRE ELE


Maior empresa privada de energia do País
A empresa de energia MPX, de Eike Batista, confirmou nesta quarta-feira (11/01) a formação de uma joint venture com a alemã E.ON, que formará a maior empresa privada de energia do Brasil.
A expectativa é de que a aliança produza uma empresa com capacidade de geração de 20.000 MW de energia, o que representa cerca de 20% da atual capacidade total do Brasil, segundo a MPX.
Esse potencial, no entanto, só deve ser alcançado no médio prazo. Isso porque a expansão da capacidade de geração de energia depende de licenças ambientais, leilões de energia feitos pelo governo, além do tempo para construção de novas usinas.
Atualmente, a maior empresa privada de geração de energia é a Tractebel, que tem capacidade instalada de 7.145 megawatts (o dado considera as usinas em operação) e deve adicionar em breve cerca de 1.000 megawatts a seu potencial. Enquanto isso, a MPX possui total de 3.000 megawatts de capacidade instalada. Além disso, a empresa de Eike Batista tem um potencial de mais 14.000 megawatts, que ainda depende de licenças ambientais.
Considerando o ranking geral do setor elétrico, a joint venture formada pela MPX e E.ON deve se tornar a segunda maior geradora de energia do Brasil, atrás apenas da estatal Eletrobras. As empresas do grupo são responsáveis por 42.302 megawatts, com destaque para a Companhia Hidro Elétrica do São Francisco (CHESF), que sozinha tem capacidade para 10.615 megawatts.
Pelo acordo anunciado nesta quarta-feira (11/01), a MPX vai levantar R$ 1 bilhão por meio de aumento de capital, no qual a E.ON vai participar com cerca de R$ 850 milhões. Com o investimento, a elétrica alemã terá participação de 10% na empresa de energia do conglomerado controlado por Eike Batista.
A joint-venture em partes iguais "será o único veículo de investimento para novos projetos de energia de ambas as companhias no Brasil e no Chile e será responsável pelo desenvolvimento, execução e operação de empreendimentos de energia térmica e renovável nestes países, além de todas as atividades de suprimento e comercialização", informa a MPX.
Do ponto de vista operacional, no longo prazo o acordo é muito positivo. A E.ON é líder na Europa, muito forte em gás e energia renovável, áreas de muito interesse para a MPX. Além da experiência no setor, analistas acreditam que a união com uma empresa do porte da E.ON também pode facilitar ainda mais o acesso da MPX a financiamentos no mercado internacional.
Para formar o novo empreendimento da dupla, a MPX entregará à joint-venture 50% de sua carteira de empreendimentos térmicos sem contrato de compra e venda de energia e a E.ON terá opção de comprar participação adicional no projeto de energia no Porto de Açu, que está sendo erguido no Rio de Janeiro.
A joint-venture também reunirá atividades de suprimento e comercialização da MPX e os projetos de energia renovável da empresa de Batista. As usinas térmicas têm capacidade total de 10,35 GW, enquanto os projetos de energia renovável são de fonte solar (5 MW) e eólica (113 MW).
Para permitir que a joint-venture acelere a implementação da carteira de projetos, "E.ON e MPX vão, caso a caso, analisar a possibilidade de pré-financiamento pela E.ON da porção de capital próprio da MPX".
Parte do plano de aliança das duas empresas, a MPX fará cisão de ativos de mineração de carvão na Colômbia, criando uma nova empresa, a CCX, que será listada no Novo Mercado da BM&FBovespa.
Esta nova empresa receberá R$ 814 milhões em caixa da MPX e os acionistas da MPX receberão um papel da CCX para cada ação da MPX que detiverem. Essa cisão ocorrerá com conversão de debêntures em ações ordinárias.

 

 

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