segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

CARBONO


O mercado de Carbono
Subindo 4% para € 7,27 e 7% para € 3,81, respectivamente, as permissões de emissão da União Europeia (EUAs) e as Reduções Certificadas de Emissão (RCEs) continuam sendo negociadas em baixa na expectativa das reações dos reguladores do esquema europeu de comércio de emissões (EU ETS).
Com as preocupações macro (econômicas) menos proeminentes, e com a excitação geopolítica menos efervescente, o petróleo, gás e carvão apresentaram quedas mínimas, enquanto o carbono manteve seu ar de renegado e demonstrou ganhos, comentaram analistas da Barclays Capital, completando que nesta semana o carbono deve cair novamente para € 7 devido a leilões na Grécia e Lituânia, adicionando mais volume ao mercado já saturado.
O parlamento europeu continua discutindo duramente a retirada da imensa quantidade de permissões disponíveis no EU ETS e um relatório visto pela Thomson Reuters Point Carbon aponta que o excesso é muito maior do que os analistas esperavam.
A minuta da União Europeia diz, segundo a agência de notícias, que o excedente pode alcançar 2,4 gigatoneladas de CO2e no período 2008-2020 devido à menor emissão de CO2 causada pela queda da produção industrial, resultado da crise financeira, o que pode manter os valores do carbono em baixa mesmo se a economia do bloco voltar a crescer.
No final de dezembro, um comitê ambiental do parlamento europeu propôs e aprovou a subtração de 1,4 bilhões de EUAs do EU ETS. Enquanto especialistas do Barclays Capital apontavam que 650 milhões de EUAs deveriam ser eliminadas, o Deutsche Bank indicava 566 milhões, a Point Carbon sugeria de 1,2 a 1,3 bilhões e o Société Generale e a UBS, 800 milhões.
No início de janeiro, Sanjeev Kumar, do grupo E3G, já comentava que o excesso de EUAs, somados aos créditos gerados pelo Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL), totaliza cerca de 2,2 bilhões de toneladas.
A Barclays capital alerta ainda para outro fator que deve ser observado nos próximos meses: a retração do spread nos preços da energia na Alemanha que pode levar à redução nas atividades de hedging pelas companhias energéticas (cortando a demanda por créditos de carbono).
Desde o início do ano, o chamado 'clean dark spread' (referente ao lucro obtido por um produtor de energia após pagar os custos do carvão combustível e das permissões de carbono) futuro vem caindo.



Nenhum comentário:

Postar um comentário