segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

ENERGIA III


Demanda de energia do Brasil vai crescer
A demanda primária de energia no Brasil crescerá 78% considerando o período entre 2009 e 2035, apontou a Agência Internacional de Energia (AIE), na edição 2011 do anuário World Energy Outlook, divulgado na semana passada.
“É o segundo crescimento mais rápido, atrás apenas da Índia”, enfatizou a diretora executiva da AIE, Maria van der Hoeven. Segundo a diretora, está previsto também, para o país, um aumento “considerável” do consumo de gás, tendência que teve início em 2010.
De acordo com o levantamento, a demanda mundial por energia aumentará em um terço entre 2010 e 2035, apesar do cenário de crise internacional. A China continuará sendo o maior consumidor mundial, usando 70% a mais de energia do que os Estados Unidos (EUA), segundo colocado nesse ranking. No entanto, a China, no que se refere ao consumo per capita, representa menos da metade do que é registrado nos EUA.
Combustíveis fósseis
Ela destacou que a era dos combustíveis fósseis está longe de acabar, mas a sua predominância tende a declinar. O anuário aponta que os subsídios que estimulam “o consumo excessivo” de combustíveis fósseis subiram para mais de US$ 400 bilhões.
“Enquanto os subsídios destinados a energias renováveis foram US$ 66 bilhões em 2010, os destinados a combustíveis fósseis foram US$ 409 bilhões. Precisamos aumentar esses investimentos em US$ 250 bilhões até 2035 para tornar as renováveis competitivas”, avaliou.
Apesar disso, a percentagem de combustíveis fósseis no consumo global de energia primária deve apresentar ligeira queda, passando de 81% em 2010 para 75% em 2035. O estudo sugere que o gás natural será o único combustível fóssil cuja percentagem aumentará, no combinado energético global, até 2035.
Geração elétrica
No setor de eletricidade, as tecnologias das energias renováveis, lideradas pelas fontes hídrica e eólica, constituem metade da nova capacidade instalada para responder à procura crescente.
Segundo o levantamento, a participação de fontes de energia renováveis não hidrelétricas na geração de eletricidade vai subir de 3%, em 2009, para 15% em 2035, "mas necessariamente apoiadas em subsídios".
“Os investimentos em geração de energia que terão maior crescimento serão destinados à solar e eólica. Os 60% dos investimentos [nessa área] corresponderão a 30% da geração adicional. Apesar do custo elevado, acredita-se que os benefícios serão duradouros em matéria de segurança energética e proteção do meio ambiente”, disse a diretora da AIE. “Mas esse tipo de energia levará tempo para se tornar comercialmente viável, a ponto de entrar significativamente no mercado em médio prazo”, completou.

 

 

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