Você gasta muito? A culpa é dos seus genes
Quem gasta muito e vive no vermelho tem agora um bom argumento para justificar o descontrole financeiro. Segundo estudo realizado pelos pesquisadores da Universidade de Washington, e do Claremont McKenna College, a forma com que cada pessoa se relaciona com o dinheiro tem uma relação direta com sua herança genética. Em outras palavras, a compulsão em gastar ou a facilidade em poupar está nos genes.
Os pesquisadores avaliaram 15 mil duplas de gêmeos na Suécia e chegaram à conclusão que os irmãos lidavam com o dinheiro de maneira muito semelhante, mesmo no caso dos gêmeos que já haviam perdido contato com a família. Os resultados do estudo, “The Origins of Saving Behavior”, mostram que as pessoas nascem com uma predisposição para se tornarem gastadores ou poupadores.
Antes de atribuir toda a culpa por suas dívidas a seus antepassados e chegar à conclusão de que não adianta lutar contra sua natureza, entretanto, é bom saber que “apenas” um terço dos hábitos financeiros está associado a seu mapa genético. A educação financeira recebida e as experiências de vida também influenciam a forma de lidar com dinheiro. Mas, apesar dessa influência, os pesquisadores ressaltam que, à medida que a pessoa envelhece, os genes ganham maior relevância na definição do comportamento financeiro.
Na prática, a pesquisa traz à luz o fato de que uma tentativa de mudar radicalmente a relação de uma pessoa com o dinheiro pode ser não apenas difícil, como até mesmo inútil. Para os consultores em finanças pessoais, dizem os pesquisadores, a mensagem que fica é que não adianta querer mudar a pessoa de uma vez só. Por mais que seja necessário transformar um gastador em poupador, o ideal é sugerir mudanças mais sutis, como estimular investimentos e a criação de um plano de previdência em vez de simplesmente proibir determinados gastos.
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