Programa Estadual de Transplantes
O número de transplantes no Estado do Rio aumentou depois que o PET deu início a sua nova política estadual de transplante, que inclui uma série de medidas para captar mais doações. O programa contratou 53 profissionais intensivistas, entre eles cirurgiões e anestesistas, e enfermeiros que trabalham na identificação do potencial doador. O governo também firmou um convênio com a Universidade de Barcelona para capacitar 100 coordenadores de transplante.
- Fecharemos o ano com 50% mais doações do que em 2010. O programa recebeu 80 doações no ano passado e apenas 67 em 2009. Em 2004, foram feitos 107 transplantes, o ano do último recorde. Foi possível bater esse número porque as doações passaram a ser mais bem organizadas pela central de transplantes do Rio, que aplica a política nacional do Ministério da Saúde - explicou o coordenador do Programa Estadual de Transplantes, Eduardo Rocha.
Outra medida do PET é a criação, no início deste ano, das Organizações de Procura de Órgãos (OPOs). Instaladas em hospitais do Rio, Volta Redonda, Itaperuna, Petrópolis e Niterói, as unidades contarão com equipes especializadas na identificação, manutenção, captação de órgãos e tecidos para transplante e entrevista familiar.
A distribuição continuará a ser feita pela Central de Transplantes. Para viabilizar as doações, a Secretaria de Saúde firmou recentemente parcerias com os Hospitais Adventista Silvestre, São Vicente de Paulo, Quinta D'Or, Pró-Cardíaco e de Clínicas de Niterói. As unidades conveniadas precisam cumprir metas qualitativas como, por exemplo, que os resultados das cirurgias sejam equivalentes à média nacional, divulgada pela Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos (ABTO).
Atualmente, 29 hospitais e clínicas possuem convênio com o governo estadual. O programa viabilizou a remuneração suplementar para os profissionais que realizarem captação e transplante de órgãos. Este ano, vamos instalar um laboratório de preservação de órgãos no Instituto Estadual de Cardiologia. Nós também criamos um Banco de Olhos em Volta Redonda, em 2010, para aumentar o número de doações de córneas. Em 2009, foram registradas a doação de 88 córneas. Em 45 dias de funcionamento, o banco realizou 66 transplantes. Até 2013, queremos zerar a fila de pacientes, disse o coordenador do PET.
Disque-Transplante
Para esclarecer possíveis dúvidas e agilizar o contato entre os profissionais de saúde e o PET, foi criado o Disque-Transplante através do número 155. Depois de receber a informação do hospital, a equipe do programa avalia o caso, confirma a morte cerebral e entrevista a família do possível doador. Depois de autorizada a doação, são realizados exames no doador para verificar o risco de doenças ao transplantado antes da retirada dos órgãos. A distribuição é feita através de critérios estabelecidos pelo Ministério da Saúde.
Pessoas de todas as idades podem ser doadoras. Não é necessário deixar o desejo por escrito. A família pode autorizar a doação. Os pacientes que necessitam de transplante são cadastrados na central e passam a fazer parte de um banco de dados. Quando é confirmada a doação, a busca é feita pelo sistema e o paciente é localizado.
Os órgãos mais doados no Estado do Rio são rins, fígado e córneas, os mais procurados para transplantes. Entre os menos doados, está o coração, devido a restrições relacionadas aos doadores. Atualmente, são 1.487 pacientes esperando por um rim, 573 por uma córnea, 160 por um fígado e 9 por um coração.
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