segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

PERIGO AMBIENTAL I


Migrações I
Migrações de longa distância estão desaparecendo
Todos os anos, no outono, o beija-flor-calíope, que pesa tanto quanto uma moeda pequena, enfrenta ventos fortes e mau tempo para migrar do Canadá e norte dos Estados Unidos para o sul, chegando até o México, e depois retornar na primavera, percorrendo um total de 6.400 a 8.000 mil quilômetros.
Trata-se de uma entre as várias dezenas de "migrações espetaculares", por ar ou terra, narradas no novo relatório da Sociedade para a Conservação da Vida Selvagem. Entretanto, o relatório alerta que tais migrações estão em perigo.
"As migrações de longa distância como um todo estão desaparecendo rapidamente", afirmou Keith Aune, autor do relatório e cientista sênior da conservação da sociedade em Montana, cuja sede fica no jardim zoológico do Bronx, em New York.
Para o relatório, foram entrevistados biólogos de campo do oeste dos Estados Unidos, onde a maior parte das migrações ainda ocorre. O trabalho detalha 24 migrações terrestres e 17 aéreas. O próximo relatório irá estudar as migrações oceânicas. Há muitas outras migrações em perigo, contudo, essas são as mais importantes e com maior chance de sobreviver caso recebam o apoio da opinião pública, afirmou Aune.
As migrações de longa distância não são apenas um espetáculo, afirmou Aune, elas são cruciais para manter as espécies selvagens que ainda existem em um mundo que se transforma.
"Trata-se de sobrevivência", continuou ele. "Quando as migrações são interrompidas, perdemos a capacidade de manter uma população", afirma.
Isso aconteceu diversas vezes, afirmou, citando a grande migração de bisões pelas Grandes Planícies dos Estados Unidos nos séculos 19 e 20. Embora ainda existam bisões, a presença deles está reduzida em grande medida a poucas reservas, como o Parque Nacional Yellowstone.




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